Devem os Jovens Ser Vacinados Contra a COVID-19? – PARTE 2

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Este artigo é o seguimento da tradução livre do artigo publicado no site FranceSoir no passado dia 2 de Junho.

Se pretender reler a PARTE 1, entre no link seguinte:
https://www.aliancapelasaudeportugal.com/2021/06/09/devem-os-jovens-ser-vacinados-contra-a-covid-19-parte-1/

Para aceder à PARTE 3, entre no link seguinte:
https://www.aliancapelasaudeportugal.com/2021/06/11/devem-os-jovens-ser-vacinados-contra-a-covid-19-parte-3-final/

“Lembre-se que em França muitas vacinas são obrigatórias. França é um dos únicos países do mundo a impor nada menos que onze vacinas aos recém-nascidos desde 2018. As doenças-alvo são difteria, tétano, poliomielite, tosse convulsa, sarampo, papeira, rubéola, haemophilus Influenza tipo B, hepatite B, pneumococo e meningococo tipo C.

Essas infecções têm a característica de serem bastante contagiosas ou mesmo muito contagiosas, por vezes gerando consequências para toda a vida e  podem ser fatais, sobretudo em crianças pequenas. Nestes casos específicos de doenças malignas, é fácil compreender que as vacinas possam salvar vidas ou prevenir deficiências.

Mas e quanto à vacina da Covid? Por que hão-de as crianças ser vacinadas contra um vírus que não as afecta, nem as faz adoecer e de que não  são transmissoras, mesmo para quem lhes é próximo?

Hão-de concordar que há algo de estranho na insistência obecessiva das autoridades em injectar nas crianças uma substância cujo benefício directo para elas é praticamente inexistente.

Vamos, agora, tentar perceber, mais pormenorizadamente, o que são e como funcionam estas vacinas Covid.

Estão actualmente autorizadas quatro vacinas covid-19 em França: Pfizer e Moderna,  ambas usando tecnologia de RNA mensageiro (mRNA); e AstraZeneca e Janssen, ambas de Adenovírus.

Estes soros constituem uma mudança profunda na confecção tradicional de vacinas, porque as duas técnicas agora usadas são novas  e nunca antes da pandemia de Covid-19 tinham sido usadas, em grande escala, nos humanos.

Uma vacina tradicional usa o vírus atenuado ou desactivado: uma vez injectado no corpo, as células identificam-no como intruso e produzem anticorpos específicos para o combater. Chamemos-lhes soldados. Se posteriormente, o vacinado se depara com o vírus em questão, o seu organismo já tem um exército de pequenos soldados prontos a combatê-lo, rodeados de outros combatentes, os linfócitos T. Estes soldados/anticorpos vão diminuindo com o tempo. Por isso é necessário fazer reforços de certas vacinas, a fim de renovar o quadro de funcionários. É de notar que a vacina tradicional estimula de uma forma bastante simples, mas natural, o sistema imunológico, “enganando-o” com um “falso vírus”.

Diferentemente, as vacinas de mRNA[1], actuam através do envio de uma mensagem codificada em linguagem de RNA para as células do corpo do vacinado que, uma vez incorporada no seu  DNA, faz este passar a ter a informação necessária para a produção de uma proteína, chamada proteína Spike. Após a inoculação da vacina, as células da pessoa vacinada, começam  a produzir a referida proteína Spike, que é reconhecida como estranha pelo seu sistema imune e, portanto, combatida pelos tais soldadinhos – os anticorpos.  

 As vacinas de Adenovírus, ou de Vector Viral[2], usam adenovírus vivos, que foram tornados inofensivos e nos quais um pedaço de DNA  (uma mensagem genética) do Sars-Cov-2 foi enxertado. Este DNA é introduzido nas células do vacinado, traduzido em RNA (a mesma mensagem, mas em um idioma diferente), que codifica a produção da proteína Spike. O mecanismo é então o mesmo das vacinas de mRNA: produção da proteína Spike pelas células da pessoa vacinada e dos consequentes anticorpos específicos. Para a AstraZeneca, por exemplo, o adenovírus injectado é um adenovírus de chimpanzé, para o Sputnik e a Janssen são adenovírus humanos.

Essas duas novas técnicas, mRNA e Vector viral, são muito diferentes das vacinas tradicionais: a ordem dada às células humanas é para produzir uma  proteína do “espigão” do vírus, ou seja, uma parte dele, mais precisamente, as moléculas que o circundam e que são reconhecidas como estranhas pelo sistema imune da pessoa infectada. A proteína Spike é precisamente a “chave” que permite ao coronavírus entrar no corpo humano.

A principal vantagem que se rconhece, até ao momento, a estas duas técnicas, é a velocidade verdadeiramente estonteante com que os laboratórios farmacêuticos foram capazes de desenvolver as correspondentes vacinas; geralmente, apurar uma vacina, costuma levar anos de pesquisa, testes, ajustes, falhas e sucessos (em média, o desenvolvimento duma vacina leva entre 10 a 15 anos[3]) .

No caso da Sars-Cov-2, a indústria farmacêutica foi capaz de projectar, testar, obter as autorizações necessárias e produzir  os soros em grande escala em… menos de um ano.

Esperemos, pois, que  as autoridades de saúde estejam a monitorizar criteriosamente todo o processo: porque, as autorizações que foram concedidas às farmacêuticas são, apenas, condicionais.

Por exemplo, num artigo do CTIAP do Hospital de Cholet[4], que analisou os documentos oficiais publicados pela Agência Europeia de Medicamentos, ficámos a saber que a AstraZeneca tem um prazo até Março de 2024 para especificar as substâncias activas e excipientes de sua vacina, bem como os resultados finais dos seus estudos clínicos. Ou, seja, a autorização que obteve é apenas uma “autorização de comercialização condicional”.

A Pfizer e a Janssen têm até Dezembro de 2023 para apresentar a confirmação da eficácia, segurança e tolerabilidade das suas vacinas.

Dos quatro laboratórios, o que se mostra mais temporalmente pressionado, é o da Moderna, que terá de apresentar as suas conclusões até Dezembro de 2022.  

Sim, por incrível que lhe possa parecer, leu bem… as quatro vacinas que actualmente estão a ser inoculadas às populações ainda estão em fase de testes.

Mas, ao menos, esses laboratórios são empresas transnacionais que estão, está claro, acima de qualquer suspeita.

Ou, … talvez, não!

Presumivelmente, devido à pressão da emergência pandémica, as autoridades de saúde decidiram aceitar como verdadeiros os estudos realizados pelos próprios laboratórios farmacêuticos e deixaram-nos comercializar vacinas … cuja segurança e eficácia ainda está a ser estudada.

Por exemplo, a Pfizer destaca-se das concorrentes por deter um recorde mundial absoluto: em 2009, foi condenada a pagar 2,3 biliões de US $[5] por práticas comerciais fraudulentas. Em causa estava um anti-inflamatório cujos efeitos colaterais desencadeavam complicações cardíacas; o mesmo sucedeu com três outros dos seus medicamentos, amplamente comercializados e  publicitados.

Mas, seja dito em abono da verdade, os outros três laboratórios concorrentes, não ficaram muito atrás no campeonato mundial da vigarice farmacêutica.

 O laboratório Johnson & Johnson (Janssen), ficou manchado em 2020, pelo escândalo do pó de talco que provocava cancro e foi condenado em 2,1 bilhões US $[6]. E,  o grupo AstraZeneca, que está, neste momento, a ser processado pela UE por não ter cumprido os seus compromissos quanto à entrega das vacinas, teve de pagar uma multa de 60 milhões de euros[7] em 2005, por abusar do sistema de patentes e dos procedimentos de comercialização de vacinas e por impedir ou retardar a entrada no mercado de medicamentos genéricos, concorrentes de um seu medicamento para a úlcera gástrica.

Foram factos como este que levaram a Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico a afirmar, num relatório de 2005,:

A indústria farmacêutica trai sistematicamente as suas responsabilidades para com as populações e as instituições. As grandes firmas preocupam-se  muito mais com o marketing do que com a investigação e exercem uma influência omnipresente e persistente, não somente sobre a medicina e a investigação, mas ainda sobre os pacientes, os media, as administrações, as agências de regulamentação e os políticos (…). Neste momento encontra-se completamente fora de controlo. Os seus tentáculos infiltram-se a todos os níveis. É necessário que se imponham alterações profundas[8]”.

E, o Centro de Ética da Universidade de Harvard a escrever em 2013:

A indústria farmacêutica vem corrompendo a prática da medicina através da sua influência no desenvolvimento de novos  medicamentos, na forma como eles são testados e no processo de criação do conhecimento médico (…). A indústria farmacêutica tem exigido tempos médios de exame dos novos medicamentos cada vez mais curtos, encurtando o  tempo necessário para o exame das provas, dando origem, assim, a um aumento de hospitalizações e de óbitos. A satisfação dos interesses das indústrias farmacêuticas têm-se sobreposto aos  interesses dos doentes. Se não se inverter rapidamente esta corrupção das disposições regulamentares, a situação continuar-se-á a deteriorar.[9]

E, um antigo director do British Medical Journal  a comentarem assim, em 2013, um livro de Peter Gotzsche, que comparava a indústria farmacêutica à máfia:

“Certas pessoas, ou mesmo muitas, poderão ficar chocadas  com a insistência de Peter em comparar a indústria farmacêutica à máfia, mas aqueles que por tal motivo se abstiverem de ler o seu livro perderão uma oportunidade única de compreender algo de muito importante que se está a passar no mundo.

Com efeito, é aterrador ver quantas semelhanças existem entre essa indústria e a máfia. A máfia ganha quantidades obscenas de dinheiro, tal como a indústria farmacêutica. Os efeitos secundários do crime organizado são o assassínio e a morte; os efeitos da indústria farmacêutica são exactamente os mesmos. A máfia corrompe os políticos e muitos outros, a indústria farmacêutica também.”[10]

Estranha-se, assim que, com base em informações provenientes destas beneméritas instituições, as autoridades de saúde estejam a impor a vacinação geral em todo o mundo, sem a menor certeza de que são inofensivas a curto, médio e longo prazo.

Bem, na realidade, não é exactamente assim; no curto prazo, graças à farmacovigilância – cuja função é recolher e registar os efeitos indesejáveis ​​de medicamentos e vacinas, a partir de declarações voluntárias de cuidadores e pacientes – já temos alguns indicadores de que não são muito seguras.”


FIM DA PARTE 2

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Fontes:

[1] https://www.futura-sciences.com/sante/actualites/coronavirus-fonctionne-vaccin-arn-84148/

[2] https://sante.journaldesfemmes.fr/fiches-sante-du-quotidien/2697407-vaccin-a-adenovirus-definition-fonctionnement-mode-action-principe-technologie-covid-19/

[3] https://www.ledevoir.com/societe/science/579612/combien-de-temps-faudra-t-il-pour-elaborer-un-vaccin-contre-la-covid-19

[4] http://ctiapchcholet.blogspot.com/2021/04/inedit-exclusif-vaccins-contre-la-covid.html

[5] https://www.france24.com/fr/20090903-le-laboratoire-pfizer-ecope-dune-amende-23%C2%A0milliards-dollars-

[6] https://www.lefigaro.fr/flash-eco/talc-et-cancer-johnson-amp-johnson-condamne-a-payer-2-1-milliards-de-dollars-20200624#:~:text=Flash%20Eco-,Talc%20et%20cancer%20%3A%20Johnson%20%26%20Johnson%20condamn%C3%A9%20%C3%A0%20payer,2%2C1%20milliards%20de%20dollars&text=%C2%ABParce%20que%20les%20d%C3%A9fendeurs%20sont,cas%C2%BB%2C%20souligne%20la%20Cour.

[7] https://www.industriepharma.fr/concurrence-astrazeneca-condamne-par-la-commission-europeenne,27779

[8] The Influence of the Pharmaceutical Industry, House of Commons Health Committee, Vol. 1, 22 March 2005

[9] Institutional Corruption of Pharmaceuticals and the Myth of Safe and Effective Drugs, Journal of Law, Medicine and Ethics, 2013, Vol. 14, No. 3: 590-610

[10] Richard Smith: Is the pharmaceutical industry like the mafia?, the BMJ opinion, 10 septembre 2013

Artigo Original:

https://www.francesoir.fr/politique-france/devons-nous-vacciner-nos-enfants-contre-le-covid-19?utm_source=NL


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