Decisão fatal

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NOTA: Este texto é uma tradução do site NOQ Report. Para lá foi enviado uma cópia em primeira mão de um manuscrito expondo várias falhas envolvendo as vacinas para a COVID-19. Foi elaborado por 57 cientistas de renome. Se desejar ler o texto original tem aqui o link: https://noqreport.com/2021/05/08/57-leading-scientists-doctors-and-public-policy-experts-call-for-immediate-halt-to-covid-vaccine-programs

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Há duas certezas em relação à distribuição em massa das vacinas COVID-19 a nível global: a primeira é que os governos e a grande maioria dos meios de comunicação social tradicionais estão a fazer uma pressão feroz para que estes medicamentos experimentais sejam inoculados no maior número possível de pessoas; a segunda é que todas aquelas pessoas suficientemente corajosas para enfrentar o desprezo, munidas de perguntas assertivas e fundamentadas sobre as vacinas, são componentes absolutamente fundamentais para a nossa batalha contínua para disseminar a verdade.

Abaixo exposta está uma cópia adiantada do manuscrito em forma de pré-impressão recebida no site NOQ Report. Foi elaborado por quase seis dezenas de médicos, cientistas e especialistas em políticas públicas de todo o mundo para ser urgentemente enviado aos líderes mundiais, bem como a todos os que estão associados à produção e à distribuição das vacinas COVID-19 atualmente em circulação.

Subsistem, ainda, demasiadas questões sobre a segurança, a eficácia e a necessidade efetiva das vacinas COVID-19 que não foram abordadas. Este estudo é como uma bomba cujo estrondo deverá fazer ressonância com todos, independentemente da opinião que cada um tem acerca destas vacinas. A verdade é que não há cidadãos suficientes a fazer perguntas. A maioria está simplesmente a alinhar cegamente com as medidas implementadas pelos governos mundiais, como se estes tivessem feito tudo para ganhar a nossa confiança. Não o fizeram. Este manuscrito representa um passo para a responsabilidade individual e coletiva e o livre fluxo de informação sobre este tema extraordinariamente importante. Por favor, leia e partilhe amplamente.

Vacinação em massa SARS-CoV-2: Questões urgentes em relação à segurança das vacinas que exigem respostas das agências internacionais de saúde, das autoridades reguladoras, dos governos e dos fabricantes das vacinas

Roxana Bruno1, Peter McCullough2, Teresa Forcades i Vila3, Alexandra Henrion-Caude4, Teresa García-Gasca5, Galina P. Zaitzeva6, Sally Priester7, María J. Martínez Albarracín8, Alejandro Sousa-Escandon9, Fernando López Mirones10, Bartomeu Payeras Cifre11, Almudena Zaragoza Velilla10, Leopoldo M. Borini1, Mario Mas1, Ramiro Salazar1, Edgardo Schinder1, Eduardo A Yahbes1, Marcela Witt1, Mariana Salmeron1, Patricia Fernández1, Miriam M. Marchesini1, Alberto J. Kajihara1, Marisol V. de la Riva1, Patricia J. Chimeno1, Paola A. Grellet1, Matelda Lisdero1, Pamela Mas1, Abelardo J. Gatica Baudo12, Elisabeth Retamoza12, Oscar Botta13, Chinda C. Brandolino13, Javier Sciuto14, Mario Cabrera Avivar14, Mauricio Castillo15, Patricio Villarroel15, Emilia P. Poblete Rojas15, Bárbara Aguayo15, Dan I. Macías Flores15, Jose V. Rossell16, Julio C. Sarmiento17, Victor Andrade-Sotomayor17, Wilfredo R. Stokes Baltazar18, Virna Cedeño Escobar19, Ulises Arrúa20, Atilio Farina del Río21, Tatiana Campos Esquivel22, Patricia Callisperis23, María Eugenia Barrientos24, Karina Acevedo-Whitehouse5,*

1Epidemiólogos Argentinos Metadisciplinarios. República Argentina.

2Baylor University Medical Center. Dallas, Texas, USA.

3Monestir de Sant Benet de Montserrat, Montserrat, Spain

4INSERM U781 Hôpital Necker-Enfants Malades, Université Paris Descartes-Sorbonne Cité, Institut Imagine, Paris, France.

5School of Natural Sciences. Autonomous University of Querétaro, Querétaro, Mexico.

6Retired Professor of Medical Immunology. Universidad de Guadalajara, Jalisco, Mexico.

7Médicos por la Verdad Puerto Rico. Ashford Medical Center. San Juan, Puerto Rico.

8Retired Professor of Clinical Diagnostic Processes. University of Murcia, Murcia, Spain

9Urologist Hospital Comarcal de Monforte, University of Santiago de Compostela, Spain.

10Biólogos por la Verdad, Spain.

11Retired Biologist. University of Barcelona. Specialized in Microbiology. Barcelona, Spain.

12Center for Integrative Medicine MICAEL (Medicina Integrativa Centro Antroposófico Educando en Libertad). Mendoza, República Argentina.

13Médicos por la Verdad Argentina. República Argentina. ´

14Médicos por la Verdad Uruguay. República Oriental del Uruguay.

15Médicos por la Libertad Chile. República de Chile.

16Physician, orthopedic specialist. República de Chile.

17Médicos por la Verdad Perú. República del Perú.

18Médicos por la Verdad Guatemala. República de Guatemala.

19Concepto Azul S.A. Ecuador.

20Médicos por la Verdad Brasil. Brasil.

21Médicos por la Verdad Paraguay.

22Médicos por la Costa Rica.

23Médicos por la Verdad Bolivia.

24Médicos por la Verdad El Salvador.

* Correspondence: Karina Acevedo-Whitehouse, karina.acevedo.whitehouse@uaq.mx

Resumo / Abstract

Desde o início do surto COVID-19 a corrida para testar novas plataformas destinadas a conferir imunidade contra o SARS-CoV-2 tem sido galopante e sem precedentes, tendo conduzido à autorização de emergência de várias vacinas. Apesar do progresso das terapias multimedicamentosas precoces para pacientes com COVID-19, a ordem atual é imunizar a população mundial o mais rapidamente possível. A falta de ensaios minuciosos em animais, prévios aos ensaios clínicos, e a autorização com base em dados de segurança gerados durante ensaios com uma duração inferior a 3 meses e meio levantam muitas questões relativas à segurança destas vacinas. O papel recentemente identificado da glicoproteína Spike (espigão) do SARS-CoV-2 na indução de danos endoteliais característicos da COVID-19, mesmo na ausência de infeção, é de extrema relevância, dado que a maioria das vacinas autorizadas induz a produção da glicoproteína Spike (espigão) nos recetores. Mercê da elevada taxa de ocorrência de efeitos adversos, bem como da miríade de tipos de efeitos adversos que foram reportados até à data, da probabilidade de doença provocada pela potenciação da vacina, da imunopatologia associada às células Th2, da autoimunidade e da evasão imunitária, é fundamental uma melhor compreensão dos benefícios e riscos da vacinação em massa, particularmente nos grupos que foram excluídos dos ensaios clínicos. Apesar dos apelos para que fossem tidas em consideração todas as precauções necessárias, os riscos da vacinação SARS-CoV-2 foram minimizados ou até mesmo ignorados pelas organizações de saúde e pelas autoridades governamentais. Apelamos, por conseguinte, à necessidade de um diálogo pluralista no contexto das políticas de saúde, com ênfase nas questões críticas que exigem respostas urgentes, se quisermos evitar uma erosão global da confiança pública na ciência e na saúde pública.

Introdução

Desde a declaração da pandemia de COVID-19, em março de 2020, mais de 150 milhões de casos e 3 milhões de mortes foram relatados por todo o mundo. Apesar dos progressos das terapias multimedicamentosas precoces em doentes de alto risco, resultando em reduções de 85% na hospitalização e morte por COVID-19 [1], o padrão atual para o controlo da doença é a vacinação em massa. Embora reconheçamos o esforço envolvido no desenvolvimento, produção e autorização de emergência das vacinas SARS-CoV-2, preocupa-nos que os riscos tenham sido minimizados ou até ignorados pelas organizações de saúde e pelas autoridades governamentais, apesar dos apelos para que fossem tidas em consideração todas as precauções necessárias [2-8].

Nunca antes tinha sido aprovada uma vacina para os restantes coronavírus que provocam doença nos seres humanos. Os dados obtidos aquando do desenvolvimento de vacinas para o coronavírus destinadas à produção de anticorpos neutralizantes mostram que pode haver um agravamento da doença COVID-19 através de uma potenciação dependente de anticorpos (antibody-dependent enhancement, ADE) e da imunopatologia das células Th2, independentemente da plataforma da vacina e do método de entrega [9-11]. Sabe-se que o aumento da doença provocada pela vacinação em animais vacinados contra o SARS-CoV e o MERS-CoV ocorre na sequência de uma agressão viral e foi atribuído a complexos imunitários e à captura viral mediada pelos Fc dos macrófagos, que aumentam a ativação e a inflamação das células T [11-13].

Em março de 2020, os imunologistas que estudavam as vacinas e os especialistas em coronavírus avaliaram os riscos da vacina SARS-CoV-2 com base em ensaios de vacinação SARS-CoV em modelos animais. O grupo de peritos concluiu que a ADE e a imunopatologia eram uma preocupação real, mas declarou que o seu risco era insuficiente para atrasar os ensaios clínicos, embora fosse necessário um acompanhamento contínuo [14]. Embora não existam evidências claras da ocorrência de ADE e imunopatologia relacionada com a vacina em voluntários imunizados com vacinas SARS-CoV-2 [15], os ensaios de segurança, até à data, não abordaram especificamente estas reações adversas medicamentosas (RAM) graves. Uma vez que o acompanhamento dos voluntários não ultrapassou os 2-3,5 meses após a segunda dose [16-19], é provável que tais RAM graves não tenham ainda sido observadas. Não se pode ignorar que, mesmo contabilizando o número de vacinas administradas, de acordo com o Sistema de Notificação de Reações Adversas da Vacina dos EUA (VAERS), o número de mortes por milhão de doses de vacinas administradas aumentou em mais de 10 vezes, apesar das eventuais falhas na elaboração dos relatórios. Consideramos urgente um diálogo científico aberto sobre a segurança das vacinas no contexto da imunização em larga escala. Neste documento, descrevemos alguns dos riscos da vacinação em massa no âmbito dos critérios de exclusão experimental da fase 3 e discutimos as RAM graves reportadas nos sistemas nacionais e regionais de registo de reações adversas. Salientamos que existem ainda questões sem resposta e chamamos a atenção para a necessidade de uma abordagem mais cautelosa da vacinação em massa.

Critérios de exclusão experimental nos ensaios de fase 3 do SARS-CoV-2

Com poucas exceções, os ensaios de vacinação SARS-CoV-2 excluíram os idosos [16-19], impossibilitando a identificação da eosinofilia pós-vacinação e o aumento da inflamação na população mais envelhecida. Os estudos das vacinas SARS-CoV revelaram que os ratinhos envelhecidos imunizados apresentavam um risco particularmente elevado de imunopatologia Th2, com risco de vida [9,20]. Apesar desta evidência e dos dados extremamente limitados sobre a segurança e a eficácia das vacinas SARS-CoV-2 nos idosos, as campanhas de vacinação em massa têm-se centrado nesta faixa etária desde o início. A maioria dos ensaios também excluiu as voluntárias grávidas e lactantes, bem como aqueles que padeciam de doenças crónicas e graves como a tuberculose, a hepatite C, a autoimunidade, as patologias de coagulação, o cancro e a imunossupressão [16-29]. A vacina está agora a ser oferecida a estes destinatários sob a premissa da segurança.

Outro critério para a exclusão de quase todos os ensaios foi a exposição prévia ao SARS-CoV-2. Isto é lamentável, uma vez que negou a oportunidade de serem obtidas informações extremamente relevantes sobre a ADE pós-vacinação em pessoas que já tinham anticorpos anti-SARS-Cov-2. Pelo que sabemos, a ADE não está a ser monitorizada sistematicamente para os diversos grupos etários ou pertencentes a determinada condição médica e que tenham recebido a vacina. Além disso, apesar de uma parte substancial da população já ter anticorpos [21], não estão a ser realizados, rotineiramente, testes para determinar o título de anticorpos anti-SARS-CoV-2 antes da administração da vacina.

Os efeitos adversos graves das vacinas SARS-CoV-2 passarão despercebidos?

A COVID-19 engloba um amplo espectro de situações clínicas, variando desde a patologia pulmonar muito leve a grave, com morte por falência multiorgânica, à desregulação inflamatória cardiovascular e da coagulação sanguínea [22-24]. Neste sentido, os casos de ADE ou imunopatologia relacionados com a vacina seriam clinicamente indistinguíveis de COVID-19 grave [25]. Além disso, mesmo na ausência do vírus SARS-CoV-2, a glicoproteína Spike é suficiente, por si só, para causar danos endoteliais e hipertensão in vitro e, em hamsters sírios, in vivo, regulando a enzima de conversão da angiotensina 2 (ACE2) e prejudicando a função mitocondrial [26]. Embora estas descobertas precisem de ser confirmadas em humanos, as suas implicações são espantosas, uma vez que todas as vacinas autorizadas para uso de emergência se baseiam na entrega ou indução da síntese de glicoproteína Spike. No caso das vacinas mRNA e das vacinas cujo vetor é o adenovírus, nenhum estudo analisou a duração da produção de Spike em seres humanos após a vacinação. De acordo com o princípio da precaução, é parcimonioso considerar que a síntese de Spike induzida pela vacina pode causar sinais clínicos de COVID-19 grave, podendo ser considerados erroneamente como um novo caso de infeção SARS-CoV-2. Em caso afirmativo, os verdadeiros efeitos adversos da atual estratégia global de vacinação poderão nunca ser identificados, a menos que os estudos analisem especificamente esta questão. Já existem indícios não causais de aumentos temporários ou sustentados de 138 mortes por COVID-19 após a vacinação em alguns países (Fig. 1) e, à luz da patogenicidade da proteína Spike, estas mortes deveriam ser estudadas em profundidade para determinar se estão relacionadas ou não com a vacinação.

Reações adversas inesperadas às vacinas SARS-CoV-2

Outra questão crítica a ter em conta em virtude da escalada global da vacinação SARS-CoV-2 é a autoimunidade. O SARS-CoV-2 tem numerosas proteínas imunogénicas, e, com exceção de apenas um, todos os seus epítopos imunogénicos têm semelhanças com as proteínas humanas [27]. Estes podem funcionar como uma fonte de antigénios, conduzindo à autoimunidade [28]. Embora seja verdade que os mesmos efeitos poderiam ser observados durante a infeção natural com SARS-CoV-2, a vacinação destina-se à maior parte da população mundial em oposição aos 10% da população mundial — percentagem estimada pelo Dr. Michael Ryan, chefe de emergências da Organização Mundial de Saúde — que foram infetados pelo SARS-CoV-2. Não conseguimos encontrar evidências de que alguma das vacinas atualmente em uso tenha sido rastreada e excluída de epítopos imunogénicos homólogos para evitar potenciais reações autoimunes devido a uma exacerbação patogénica [pathogenic priming em inglês].

Foram relatadas algumas reações adversas em pessoas saudáveis e em jovens vacinados, incluindo distúrbios da coagulação sanguínea. Estes casos levaram à suspensão ou ao cancelamento da inoculação de vacinas via adenovírus ChAdOx1-nCov-19 e Janssen nalguns países. Foi agora proposto que a vacinação com ChAdOx1-nCov-19 pode resultar em trombocitopenia trombótica imunitária (VITT) mediada por anticorpos ativantes de plaquetas contra o fator 4 plaquetário, num processo de mímica clínica da trombocitopenia autoimune induzida pela heparina [29]. Infelizmente, o risco foi negligenciado no momento de autorizar estas vacinas, embora a trombocitopenia induzida pelo adenovírus já fosse conhecida há mais de uma década, sendo um evento recorrente com vetores de adenovírus [30]. O risco de VITT seria presumivelmente maior nas pessoas com risco de formação de coágulos sanguíneos, incluindo mulheres que usam contracetivos orais [31], tornando imperativo que os médicos aconselhassem os seus pacientes em conformidade.

A nível populacional, pode também haver impactos relacionados com a vacina. SARS-CoV-2 é um vírus de ARN em rápida evolução que, até agora, tem produzido mais de 40.000 variantes [32,33], algumas das quais afetam o domínio antigénico da glicoproteína Spike [34,35]. Dadas as altas taxas de mutação, a síntese de níveis elevados de anticorpos anti-SARS-CoV-2-Spike induzida pela vacina poderia teoricamente conduzir a respostas subótimas contra infeções subsequentes por outras variantes em indivíduos vacinados [36], um fenómeno conhecido como “pecado antigénico original” [antigenic original sin em inglês][37] ou exacerbação antigénica [antigenic priming em inglês] [38]. Desconhece-se até que ponto as mutações que afetam a antigenicidade SARS-CoV-2 serão corrigidas durante a evolução viral [39], mas as vacinas podem atuar plausivelmente como forças seletivas que conduzem a variantes com maior infeciosidade ou transmissibilidade. Tendo em conta a elevada semelhança entre as variantes conhecidas SARS-CoV-2, este cenário é improvável [32,34], mas se as variantes futuras diferirem mais em epítopos-chave, a estratégia global de vacinação pode ajudar a moldar um vírus ainda mais perigoso. Este risco foi recentemente chamado à atenção da OMS através de uma carta aberta [40].

Discussão

Os riscos aqui delineados representam um grande obstáculo à continuidade da vacinação global SARS-CoV-2. São necessárias evidências robustas sobre a segurança de todas as vacinas SARS-CoV-2 antes de expor mais pessoas ao risco destas experiências, uma vez que a libertação de uma vacina candidata sem o devido tempo para compreender plenamente o impacto resultante na saúde pode levar a uma exacerbação da atual crise global [41]. A estratificação dos riscos associados aos vários grupos de pessoas que estão a receber as vacinas é essencial. De acordo com o governo do Reino Unido, as pessoas com menos de 60 anos têm um risco extremamente baixo de morrer de COVID-19. No entanto, segundo a Eudravigillance, a maioria dos efeitos adversos graves na sequência da vacinação SARS-CoV-2 ocorre em pessoas entre os 18 e os 64 anos. Particularmente preocupante é o calendário de vacinação previsto para crianças com idade igual ou superior a 6 anos nos Estados Unidos e no Reino Unido. O Dr. Anthony Fauci antecipou recentemente que os adolescentes de todo o país serão vacinados no outono e as crianças mais novas no início de 2022, e o Reino Unido aguarda os resultados dos testes para iniciar a vacinação de 11 milhões de crianças menores de 18 anos. Há falta de justificação científica para submeter crianças saudáveis a vacinas experimentais, uma vez que o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças estima que tenham uma taxa de sobrevivência de 99,997% se infetadas com o SARS-CoV-2. A COVID-19 não só é irrelevante em termos de ameaça para esta faixa etária, como não existem provas fiáveis que suportem que a vacina nesta população seja eficiente ou eficaz e que não haja reações adversas nocivas associadas a estas vacinas experimentais. Neste sentido, quando os médicos aconselham os doentes sobre a administração eletiva da vacinação COVID-19, há uma grande necessidade de compreender melhor os benefícios e os riscos da administração, particularmente em grupos mal estudados.

Para concluir, no contexto da apressada autorização de utilização de emergência das vacinas SARS-CoV-2 e das lacunas atuais na nossa compreensão da sua segurança, as seguintes questões devem ser levantadas:

  • Pode saber-se se os anticorpos reativos provenientes de infeções por coronavírus anteriores ou induzidos pela vacina podem fazer reações cruzadas e influenciar o risco de patogénese não intencional após a vacinação para COVID-19?
  • Os riscos específicos de ADE, imunopatologia, autoimunidade e reações adversas graves foram claramente expostos a quem vai receber a vacina, cumprindo as exigências da ética médica sobre a compreensão do paciente para efeitos de consentimento informado? Se não, quais são as razões e como poderia ser implementado?
  • Qual é a razão para a vacina ser administrada a todos os indivíduos, sabendo que o risco de morte por COVID-19 é diferente entre faixas etárias e condições clínicas e que os ensaios de fase 3 excluíram idosos, crianças e condições específicas frequentes?
  • Quais são os direitos legais dos doentes se forem prejudicados por uma vacina SARS-CoV-2? Quem vai cobrir os custos do tratamento médico? Se as reclamações fossem liquidadas com dinheiros públicos, será que o público foi informado de que os fabricantes das vacinas receberam isenção de responsabilidades e que a sua obrigação de compensar os lesados pela vacina foi transferida para os contribuintes?

No contexto destas preocupações, propomos a suspensão da vacinação em massa e a abertura de um diálogo urgente, pluralista e baseado na ciência sobre a vacinação SARS-CoV-2 entre cientistas, médicos, agências internacionais de saúde, autoridades reguladoras, governos e fabricantes de vacinas. Esta é a única forma de colmatar o atual fosso entre a evidência científica e a política de saúde pública no que diz respeito às vacinas SARS-CoV-2. Estamos convencidos de que a humanidade merece uma compreensão mais profunda dos riscos do que apenas o que é apresentado como a posição oficial. Um diálogo científico aberto é urgente e indispensável para evitar a erosão da confiança pública na ciência e na saúde pública e para garantir que a OMS e as autoridades sanitárias nacionais protejam os interesses da humanidade durante a atual pandemia. É urgente devolver a política de saúde pública à medicina baseada nas evidências, alicerçando-se numa avaliação cuidadosa da investigação científica relevante. É imperativo seguir a ciência.

1 https://www.gov.uk/government/publications/covid-19-reported-sars-cov-2-deaths-in-england/covid-19-confirmed-deaths-in-england-report

Declaração de Conflito de Interesses

Os autores declaram que a investigação foi conduzida na ausência de relações comerciais ou financeiras que pudessem ser interpretadas como um potencial conflito de interesses.

Referências

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Legendas das figuras:

Figura 1. Número de novas mortes COVID-19 em relação ao número de pessoas que receberam pelo menos uma dose de vacina para os países selecionados. O gráfico mostra dados desde o início da vacinação até 3 de maio de 2021. A) Índia (9,25% da população vacinada), B) Tailândia (1,58% da população vacinada), C) Colômbia (6,79% da população vacinada), D) Mongólia (31,65% da população vacinada), E) Israel (62,47% da população vacinada), F) Todo o mundo (7,81% da população vacinada). Os gráficos foram construídos com base nos dados retirados do site Our World in Data (acedidos a 4 de maio de 2021) https://github.com/owid/covid-19-data/tree/master/public/data/vaccinations

Nota do editor:

É um privilégio poder publicar este texto para todo o mundo ver. A COVID-19 suscitou decisões terríveis durante mais de um ano por parte dos decisores políticos, dos médicos e da população em geral. Nunca assistimos a algo semelhante durante as nossas vidas, por isso foram cometidos erros. Agora é tempo de corrigir o maior número possível desses erros.

Em muitos aspetos, parece que o orgulho e a defesa da integridade profissional prolongaram muitas das piores decisões que observamos durante esta pandemia. Desde os confinamentos prolongados (lembram-se dos 15 dias?) às vacinas apressadas, muitos no poder mantiveram o discurso mesmo quando uma correção no rumo era claramente exigida. Em vez disso, continuamos pelo mesmo caminho perigoso.

É por isso que o trabalho destes médicos e cientistas corajosos é tão importante e deve ser amplamente difundido. As pessoas precisam de saber a verdade para que os decisores políticos possam ser informados de como proceder corretamente. Enquanto o medo, tanto racional como irracional, impulsionar o processo de tomada de decisão das pessoas no poder, só vamos ter como resultado o abrandamento ou até mesmo a paralisação total dos progressos obtidos no sentido de resolver esta situação para o mundo inteiro.

Será difícil para os “verificadores de factos” [fact checkers em inglês] argumentar contra os pontos apresentados neste relatório bombástico, mas tentarão. Ele vai, afinal, contra a perpetuação do terror que o os meios de comunicação social adotaram como o status quo. Mas a verdade é a verdade, e aqui está ela.


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